António Zambujo, em “Com Poesia se faz o Mundo”, atividade desenvolvida pela Departamento de Português, fez soar e brilhar a língua portuguesa ao mais alto nível na Semana do Colégio de S. Gonçalo.
Na tarde de sexta-feira, treze de maio, o auditório do Colégio encheu-se para ouvir a voz (mas desta vez sem violão) de António Zambujo para nos falar de poesia, da arte de trovar, bem portuguesa, sob o olhar atento e deslumbrante dos alunos do 2º e 3º Ciclos do Ensino Básico e alguns alunos do Ensino Secundário para além de muitos adultos.
A atividade tinha como objetivo despertar e motivar o gosto da poesia, a arte da palavra junto dos discentes mais novos a fim de lhes incutir o apreciar da sua língua materna, descobrindo, sob a orientação do grande artista, António Zambujo, os recantos e as belezas da língua mãe, a da lusofonia. Muitos trabalhos criados pelos nossos pequenos artistas – 7º, 8º anos, 10º, 11º e 12º anos (do curso de Design) constituíram uma bela amostra como cenário da sessão.
Ainda se ouviram versos cantados outrora por Amália Rodrigues com “Perguntei ao poeta” ou ainda “Perdidamente” de Florbela Espanca, depois de uma pequena reportagem sobre poesia realizada pela Inês e pelo Renato, para dar mote à conversa conduzida pela Francisca e pelo Gil em torno da poesia.
Porém, podemos dizer que os alunos do 5º e 6º anos é que levaram ao rubro a língua portuguesa ao interpretar algumas das canções de António Zambujo, abrindo a sessão com “O Cata-vento da Sé”, acompanhado pelo vídeo (uma animação) da Sofia; um pouco mais tarde com “Lote B” e findando com o célebre “Pica do Sete”.
Não podia ter ficado de parte a cultura e a tradição amarantina, a viola amarantina, não fosse uma história de amor convertida num som único expandido pelas cordas dessa viola de dois corações, pelas instrumentistas Ana Carolina e Cláudia.
Finalmente, a voz inconfundível de António Zambujo ecoou no recreio do Colégio de S. Gonçalo, servindo de chave de ouro desta atividade.
Em tais momentos, só nos resta referir como o célebre poeta da língua portuguesa – «Estando em terra, chego ao céu voando, / […] porque o tempo busca e acaba o onde mora / o mais ledo prazer em mor saudade”.